Eu já tive mais do que a minha cota de experiências sobrenaturais nesses meus
16 anos de vida. Algumas vezes acontecem coisas boas e me fazem sentir amada e
especial, enquanto outras vezes acontecem coisas terríveis e assustadoras.
Essa em particular é uma das boas, porque é sobre quando o meu avô visitou o meu
namorado e eu.
O vento estava uivando feito louco e fazia as janelas assobiarem. Eu cobri ainda
mais a minha cabeça com o cobertor, eu odeio tempestades. O meu namorado,
Arnaldo, tentava me acalmar, pois eu estava perto de molhar as minhas calças
sempre que um raio caía. De repente eu ouvi aquele trovão ensurdecedor, e as
luzes se apagaram. O Naldo foi ver se os fusíveis tinham queimado, como já
tinham queimado varias vezes antes, então eu fiquei sozinha no escuro, só com a
tempestade como companhia.
Eu ainda estava me sentindo assustada, até sentir uma mão encostar no meu ombro
e dar uma pequena apertada carinhosa. Achando que era o Naldo, eu me virei para
perguntar qual era o problema. Só que ele não estava ali. Não tinha ninguém ali.
Completamente assustada, eu me enfiei debaixo do cobertor (de novo) e comecei a
tremer. Eu comecei a entrar em pânico quando eu senti a ponta do sofá afundar,
como se tivesse alguém sentando lá. Eu perguntei quem era, e ninguém me
respondeu. EU juntei toda a pouca coragem que me restava e tirei a cabeça para
fora do cobertor. O meu namorado estava parado na porta com o queixo caído e
apontando para a outra ponta do sofá. Eu olhei e vi algo ali sentado que
lembrava muito o meu falecido avô. Naquele momento todo o meu medo tinha ido
embora. Eu sabia que tinha sido o meu avô que veio me confortar apertando o meu
ombro quando eu estava sozinha no escuro com medo.
Ele olhou para mim, deu um sorriso e falou que sempre estaria tomando conta de
mim e balançou a cabeça em um sinal de aprovação, dizendo que eu tinha escolhido
bem o meu namorado.
Vovô, onde quer que você esteja, eu te amo!
Amandinha - São Paulo - S.P.